Nilton da Costa Teixeira, nasceu na cidade de Monte Alto, interior de São Paulo, em 03 de maio de 1920, filho dos portugueses Manoel dos Santos Teixeira e Conceição da Costa Teixeira. Veio com a família para Ribeirão Preto, prosseguindo os estudos no Grupo Escolar Guimarães Júnior, onde concluiu em 1.931. Trabalhou desde a infância, tendo sido prático de farmácia, após noutra empresa passou a ser provador de café e, nessa firma, passou a exercer funções na contabilidade, enquanto prosseguia seus estudos. No ginásio do Estado, hoje Otoniel Mota.
Dedicou-se à contabilidade e ao comércio. Aposentou-se por tempo de serviço em 1.976. A contabilidade exerceu-a até os últimos dias de sua vida. Era associado do Conselho Regional de Contabilidade e graças ao vasto conhecimento contábil, assessorava colegas nas constantes mutações do setor.
Nilton da Costa Teixeira, co-fundador e vice-presidente da secção municipal da União Brasileira de Trovadores, instalada por Luiz Otavio - príncipe dos trovadores brasileiros. Co-fundador da União dos Escritores de Ribeirão Preto.
Foi correspondente de diversas outras academias pelo Brasil. Hoje é patrono de cadeiras acadêmicas.
No decorrer dos anos conseguiu centenas de prêmios. Nos Jogos Florais da Bahia, pela Academia Castro Alves de Letras, Academia Valenciana de Letras, Grupo Alec de Corumbá, Academia Pedralva de Letras e Artes, Sesc Três Rios- RJ, União Brasileira de Escritores, Revista Brasília, centenária Sociedade Legião Brasileira Civismo e Cultura, em Ribeirão Preto, monografia sobre Padre Euclides, Casa da Cultura de Ribeirão Preto, Clube da Velha Guarda, Jogos Florais de Ribeirão Preto, Santos, Rio de Janeiro, etc.
Na literatura de Ribeirão Preto sua prosa e poesia fez a nossa história literária e, ficou comprovado nos certames em que foi premiado. Seus livros: A Mansão do Morro Branco, Versos à Ribeirão Preto, Mãe, Minha Trova em Ribeirão Preto, Sonetos de várias datas,Restos de Ventura, entre outros, enriquecem o mundo literário desta cidade que tanto amou. A trova é poesia dominante na vida cultural de nossa cidade. Grande parte dos poetas da União Brasileira de Trovadores, animam a vida literária de nossas entidades culturais.
Faleceu aos 5 de novembro de 1983. Era casado com dona Ophélia de Andrade Teixeira deixando vários filhos.
ALGUMAS DE SUAS TROVAS POPULARIZADAS:
A vida triste fantasia,
que abriga tanta ilusão,
é o caminhar dia a dia,
para um funéreo caixão.
Nossa vida é uma viagem
de turismo e avaliação,
em que o peso da bagagem
é feito no coração.
Tenho a casa pobrezinha
Um prato e uma colher,
E a esperança toda minha
De arranjar uma mulher.
Durante suas andanças,
Jesus Cristo foi fecundo,
recolocando esperanças,
entre as descrenças do mundo.
Ribeirão - tu sobranceiro,
és do interior, no presente,
o município, primeiro,
porque caminhas à frente...
Neste abraço em que te aperto,
Com a beatitude de um monge,
Sinto meu amor tão perto...
Minha esperança tão longe!
Para salvar aparências,
Nós pela vida, mentindo,
Entre silêncios e ausências,
Sofremos sempre sorrindo.
O Judas de hoje, moderno,
Maneiroso, demagogo,
Não teme os clarões do inferno,
Porque dança sofre o fogo.
Despreocupado com a morte
Para quem tão pouco resta,
Mesmo os rigores da sorte
São verdes sonhos de festa!
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