quarta-feira, julho 11, 2012

GRANDES CRONISTAS BRASILEIROS

Carlos Heitor Cony


Biografia

Carlos Heitor Cony nasceu em 1926 no Rio de Janeiro. Trabalhou em jornais como redator, copidesque e colunista.

Escreveu crônicas, contos, ensaios, reportagens, adaptações , livros infanto-juvenis etc. Dentre suas obras estão: O Ventre , O ato e o fato, Posto Seis e Quase memória .

Recebeu vários prêmios e no ano 2000 foi eleito pela Academia Brasileira de Letras.

Carlos Heitor Cony é muito conhecido pelas crônicas que escreve. Na crônica abaixo ele fala do Salão dos Poetas Românticos da Academia Brasileira de Letras .





Crônica publicada no jornal Folha de São Paulo, em 23 de outubro de 2001.

Salão dos românticos

Na Academia Brasileira de Letras há um salão muito bonito mas um pouco sinistro. É o Salão dos Poetas Românticos, com bustos dos nossos principais românticos na poesia: Castro Alves, Gonçalves Dias, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela e Álvares de Azevedo.

Os modernistas de 22, e antes deles os parnasianos, decidiram avacalhar com essa turma de jovens, que trouxe o Brasil para dentro de nossa literatura. Foram os românticos, na prosa e no verso, que colocaram em nossas letras as palmeiras, os índios, as praias selvagens, o sabiá, as borboletas de asas azuis, a juriti - o cheiro e o gosto de nossa gente.

Não fosse o romantismo, ficaríamos atrelados ao classicismo das arcádias, à pomposidade do verso burilado que tem o equivalente cinematográfico nos efeitos especiais. Sem falar nos poemas-piadas, a partir de 1922, tidos como vanguarda da vanguarda.

Foram todos jovens: Casimiro morreu com 21 anos, Álvares de Azevedo com 22, Castro Alves com 24, Fagundes Varela com 34. O mais velho de todos, Gonçalves Dias, mal chegara aos 40 anos.

O Salão dos Poetas Românticos é também sinistro, pois é de lá que sai o enterro dos imortais, que morrem como todo mundo, entre outras razões, porque a maioria deles não tem onde cair morto. (A piada é de Olavo Bilac).

José de Alencar também devia estar ali. Mas está perto, como perto está o busto de Euclides da Cunha. Foram pioneiros na valorização dos temas brasileiros, bem antes de 1922.

Com exceção de Euclides, que foi acadêmico em vida, todos são anteriores à fundação da Academia, estão imortalizados em bustos. São patronos de cadeiras em que sentaram Machado de Assis, Coelho Neto, Bilac, Guimarães Roa, Darcy Ribeiro, Barbosa Lima Sobrinho, Jorge Amado e outros. Todos brasileiros. E de letras.



Carlos Heitor Cony. Agência Folha. Publicada no jornal Folha de São Paulo em 23/10/2001

Mário Prata

Biografia

Mário Alberto Campos de Morais Prata nasceu em Uberaba (MG) em 1946.

Trabalhou em importantes jornais , escreveu editoriais, reportagens e artigos.

Dentre seus livros pode-se citar: O Morto que morreu de rir; Preto no Branco e 100 Crônicas.

Além de livros escreveu novelas, roteiros e peças para teatro e através desse vasto trabalho recebeu prêmios internacionais e nacionais .

Mário Prata escreve semanalmente no jornal O Estado de São Paulo.



Crônica publicada no jornal O Estado de São Paulo, em 5 de Janeiro de 1994.

Quem tem medo da mortadela?

Modismo é conosco mesmo. O brasileiro adora inventar moda. E todo mundo vai atrás dela. A última do brasileiro é "primeiro mundo". Os publicitários nativos inventaram a expressão e agora tudo que nós queremos tem que ser coisa do "primeiro mundo".



O carro é do primeiro mundo, a bebida é do primeiro mundo, a mulher é do primeiro mundo. Cineastas querem fazer filme de primeiro mundo, diretores de teatro trazem a moda lá da Europa. E os preços, evidentemente, também são de primeiro mundo.



Será que não nos bastam os exemplos de Portugal, Espanha, Irlanda e Grécia, que se debruçaram na mamata da CEE e agora enfrentam uma séria recessão e desemprego?



Por que essa mania, de repente, de querer virar primeiro mundo? De terceiro para primeiro? Não seria o caso de fazer um estágio, antes, no segundo mundo?



Os do primeiro mundo adoram as coisas aqui do terceiro. Por exemplo, a caipirinha. Alemães, ingleses, americanos, suecos, caem trôpegos pelas calçadas de Copacabana. Quer coisa mais brasileira, mais terceiromundista, mais caipira e mais barata? Mas já estão avacalhando com ela. Agora já tem caipirinha de vodca e, pasmem, de rum. Caipirinha sempre foi e sempre será cachaça. Coisa de caipira mesmo. E é esta bebida que os europeus vêm procurar aqui. Mas já meteram a vodca e o rum nela para ficar com cara de primeiro mundo. Vamos deixar a caipirinha caipira, brasileiros!



Toda essa introdução para chegar à mortadela. Ou mortandela, como preferem garçons e padeiros. Quer coisa mais brasileira que a mortadela? Claro que ela veio lá da Itália. Mas tornou-se, talvez pelo baixo preço, o petisco do brasileiro. O nome vem de murta, uma plantinha italiana que lhe valeu o nome. Infelizmente o brasileiro acha que mortadela é coisa de pobre, de faminto. E o que somos nós, cara-pálidas?



A cachaça e a mortadela são produtos do Brasil, do nosso querido terceiro mundo. Mas acontece que há um preconceito dos patrícios contra a cachaça e a mortadela. Contra a mortadela o caso é mais grave. Se você oferecer mortadela numa festa, vão te olhar feio. Você deve estar perto da falência.

Neste Natal e no Reveillon freqüentei várias mesas, e em nenhuma havia mortadela. Queijos de primeiro mundo, vinho de primeiro mundo, perfumes de primeiro mundo, até um peru argentino eu comi. Mas mortadela que é bom, nada. Nem uma fatiazinha.



Quando o brasileiro irá assumir que a mortadela é a melhor entrada do mundo? Quando você for para a Europa, não adianta pedir dead her que não vai encontrar. Nem muerta dela.



Mas nem tudo está perdido. No dia 1º do ano almocei com o casal Annette e Tenório de Oliveira Lima, e lá estava a mortadela, fresquinha no prato rósea. Um limãozinho em cima, um pedacinho de pão e viva o terceiro mundo, visto lá de cima do apartamento do Morumbi.



No mesmo dia, de noite, fui ao peemedebista Bar Nabuco, debaixo de frondosas sibipirunas da Praça Vilaboim e estava lá, no cardápio, toda sem-vergonha, a mortadela brasileira. Achei que estava começando bem o ano. Vai ser um Ano Bom, como se dizia antigamente. Se os novos-ricos do PMDB estão comendo mortadela, nem tudo está perdido. No Gargalhada Bar mais para PT, há um excelente sanduíche de mortadela.



E, nas boas padarias do ramo você ainda encontra a verdadeira mortadela, aquela que chega no balcão, feita na chapa, sem queimar muito, servida em pãezinhos saídos do forno.



Vamos deixar o primeiro mundo para lá. Vamos, este ano, tomar cachaça e comer mortadela. É muito mais barato ser pobre. Deixemos que o primeiro mundo exploda entre eles, mesmo tomando uísque escocês e comendo queijo fedido.



Por favor senhores brasileiros primeiro-mundistas, vamos deixar de frescura. Mortadela é o que há. É um barato.



Feliz 94 para todos vocês. Muita cachaça e muita mortadela. Apesar de tudo, o primeiro mundo é triste e melancólico. Continuemos felizes e alegres com a nossa cachaça e o nossa gostosa mortadela.



E que os candidatos à presidência deste nosso país do terceiro mundo não se esqueçam que o Jânio sempre se elegeu comendo "mortadela" e não caviar do primeiro mundo.

Texto extraído do livro:

Filho é bom, mas dura muito. Mário Prata. Editora Maltese. São Paulo. 1995. p. 157-159

Rubem Braga

Biografia

Rubem Braga (1913-1990) foi cronista, poeta, repórter, tradutor e crítico de artes plásticas.

Escreveu grandes obras como: Casa do Braga, O Conde e o Passarinho e Três Primitivos .

Tornou-se conhecido do grande público ao escrever crônicas em jornais de grande circulação.

Na crônica abaixo, Rubem Braga retrata um fato do cotidiano porém a maneira de tratar o fato dá a essa crônica a característica da universalidade que distingue o autor tornando-o um renovador da crônica brasileira.



O padeiro

Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento - mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a "greve do pão dormido". De resto não é bem uma greve, é um lock-out, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo.



Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:



- Não é ninguém, é o padeiro!



Interroguei-o uma vez: como tivera a idéia de gritar aquilo?



"Então você não é ninguém?"



Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: "não é ninguém, não senhora, é o padeiro". Assim ficara sabendo que não era ninguém...



Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina - e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.



Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; "não é ninguém, é o padeiro!"

E assobiava pelas escadas.

Texto extraído do livro:

Para gostar de ler, Vol I -Crônicas . Carlos Drummond de Andrade, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos e Rubem Braga. 12ª Edição. Editora Ática . São Paulo.1989. p.63 - 64.

Clarice Lispector

Biografia

Clarice Lispector (1920-1977), nasceu na Ucrânia e chegou ao Brasil com seus pais em 1921.

Trabalhou como colunista, redatora e cronista de jornais.

Publicou grandes obras como: Perto do Coração Selvagem, O Lustre e Laços de Família.

No final dos anos 60 Clarice passou a escrever crônicas para O Jornal do Brasil.



Uma imagem de prazer

Conheço em mim uma imagem muito boa, e cada vez que eu quero eu a tenho, e cada vez que ela vem ela aparece toda. É a visão de uma floresta, e na floresta vejo a clareira verde, meio escura, rodeada de alturas, e no meio desse bom escuro estão muitas borboletas, um leão amarelo sentado, e eu sentada no chão tricotando. As horas passam como muitos anos, e os anos se passam realmente, as borboletas cheias de grandes asas e o leão amarelo com manchas - mas as manchas são apenas para que se veja que ele é amarelo, pelas manchas se vê como ele seria se não fosse amarelo. O bom dessa imagem é a penumbra, que não exige mais do que a capacidade de meus olhos e não ultrapassa minha visão. E ali estou eu, com borboleta, com leão. Minha clareira tem uns minérios, que são as cores. Só existe uma ameaça: é saber com apreensão que fora dali estou perdida, porque nem sequer será floresta (a floresta eu conheço de antemão, por amor), será um campo vazio (e este eu conheço de antemão através do medo) - tão vazio que tanto me fará ir para um lado como para outro, um descampado tão sem tampa e sem cor de chão que nele eu nem sequer encontraria um bicho para mim. Ponho apreensão de lado, suspiro para me refazer e fico toda gostando de minha intimidade com o leão e as borboletas; nenhum de nós pensa, a gente só gosta. Também eu não sou em preto e branco; sem que eu me veja, sei que para eles eu sou colorida, embora sem ultrapassar a capacidade de visão deles (nós não somos inquietantes). Sou com manchas azuis e verdes só para estas mostrarem que não sou azul nem verde - olha só o que eu não sou. A penumbra é de um verde escuro e úmido, eu sei que já disse isso mas repito por gosto de felicidade; quero a mesma coisa de novo e de novo. De modo que, como eu ia sentindo e dizendo, lá estamos. E estamos muito bem. Para falar a verdade, nunca estive tão bem. Por quê? Não quero saber por quê. Cada um de nós está no seu lugar, eu me submeto bem ao meu lugar. Vou até repetir um pouco mais porque está ficando cada vez melhor: o leão amarelo e as borboletas caladas, eu sentada no chão tricotando, e nós assim cheios de gosto pela clareira verde. Nós somos contentes.

Texto extraído do livro:

Para não esquecer. Clarice Lispector. Editora Rocco. Rio de Janeiro. 1999. p. 36 - 37.

Rachel de Queiroz

Biografia

Rachel de Queiroz (1910 - ) é uma das grandes escritoras da literatura brasileira. Já escreveu contos, romances, crônicas, peças de teatro, criticas literárias e livros infantis.

Nascida no Ceará, ela e sua família migram para o Rio de Janeiro no ano de 1917, fugindo de uma forte seca que assolava o Nordeste. Fatos como esse influenciariam profundamente sua literatura, que tem como uma de suas características mais marcantes o realismo com que aborda o homem nordestino e os problemas relacionados com a terra.

Rachel estreou no mundo literário muito jovem, aos 20 anos de idade, com seu romance O Quinze, que aborda temas como a seca e a pobreza.

Foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras, no ano de 1977, e já recebeu diversos prêmios literários.

Grande cronista, Rachel já publicou mais de duas mil crônicas, que deram origem a diversos livros. Dentre eles está Um alpendre, uma rede, um açude - Cem crônicas escolhidas, do qual extraímos a crônica abaixo.

Ilha, dezembro de 1949.



Talvez o último desejo

Pergunta-me com muita seriedade uma moça jornalista qual é o meu maior desejo para o ano de 1950. E a resposta natural é dizer-lhe que desejo muita paz, prosperidade pública e particular para todos, saúde e dinheiro aqui em casa. Que mais há para dizer?

Mas a verdade, a verdade verdadeira que eu falar não posso, aquilo que representa o real desejo do meu coração, seria abrir os braços para o mundo, olhar para ele bem de frente e lhe dizer na cara: Te dana!

Sim te dana, mundo velho. Ao planeta com todos os seus homens e bichos, ao continente, ao país, ao Estado, à cidade, à população, aos parentes, amigos e conhecidos: danem-se! Danem-se que eu não ligo, vou pra longe me esquecer de tudo, vou a Pasárgada ou a qualquer outro lugar, vou-me embora, mudo de nome e paradeiro, quero ver quem é que me acha.

Isso que eu queria. Chegar junto do homem que eu amo e dizer para ele: Te dana, meu bem! Dora em vante pode fazer o que entender, pode ir, pode voltar, pode pagar dançarinas, pode fazer serenatas, rolar de borco pelas calçadas, pode jogar futebol, entrar na linha de Quimbanda, pode amar e desamar, pode tudo, que eu não ligo!

Chegar junto ao respeitável público e comunicar-lhe: Danai-vos, respeitável público. Acabou-se a adulação, não me importo mais com as vossas reações, do que gostais e do que não gostais; nutro a maior indiferença pelos vossos apupos e os vossos aplausos e sou incapaz de estirar um dedo para acariciar os vossos sentimentos. Ide baixar noutro centro, respeitável público, e não amoleis o escriba que de vós se libertou!

Chegar junto da pátria e dizer o mesmo: o doce, o suavíssimo, o libérrimo te dana. Que me importo contigo, pátria? Que cresças ou aumentes, que sofras de inundação ou de seca, que vendas café ou compres ervilhas de lata, que simules eleições ou engulas golpes? Elege quem tu quiseres, o voto é teu, o lombo é teu. Queres de novo a espora e o chicote do peão gordo que se fez teu ginete? Ou queres o manhoso mineiro ou o paulista de olho fundo? Escolhe à vontade - que me importa o comandante se o navio não é meu? A casa é tua, serve-te, pátria, que pátria não tenho mais.

Dizer te dana ao dinheiro, ao bom nome, ao respeito, à amizade e ao amor. Desprezar parentela, irmãos, tios, primos e cunhados, desprezar o sangue e os laços afins, me sentir como filho de oco de pau, sem compromissos nem afetos.

Me deitar numa rede branca armada debaixo da jaqueira, ficar balançando devagar para espantar o calor, roer castanha de caju confeitada sem receio de engordar, e ouvir na vitrolinha portátil todos os discos de Noel Rosa, com Araci e Marília Batista. Depois abrir sobre o rosto o último romance policial de Agatha Christie e dormir docemente ao mormaço.

*

Mas não faço. Queria tanto, mas não faço. O inquieto coração que ama e se assusta e se acha responsável pelo céu e pela terra, o insolente coração não deixa. De que serve, pois, aspirar à liberdade? O miserável coração nasceu cativo e só no cativeiro pode viver. O que ele deseja é mesmo servidão e intranqüilidade: quer reverenciar, quer ajudar, quer vigiar, quer se romper todo. Tem que espreitar os desejos do amado, e lhe fazer as quatro vontades, e atormentá-lo com cuidados e bendizer os seus caprichos; e dessa submissão e cegueira tira a sua única felicidade.

Tem que cuidar do mundo e vigiar o mundo, e gritar os seus brados de alarme que ninguém escuta e chorar com antecedência as desgraças previsíveis e carpir junto com os demais as desgraças acontecidas; não que o mundo lhe agradeça nem saiba sequer que esse estúpido coração existe. Mas essa é a outra servidão do amor em que ele se compraz - o misterioso sentimento de fraternidade que não acha nenhuma China demasiado longe, nenhum negro demasiado negro, nenhum ente demasiado estranho para o seu lado sentir e gemer e se saber seu irmão.

E tem o pai morto e a mãe viva, tão poderosos ambos, cada um na sua solidão estranha, tão longe dos nossos braços.

E tem a pátria que é coisa que ninguém explica, e tem o Ceará, valha-me Nossa Senhora, tem o velho pedaço de chão sertanejo que é meu, pois meu pai o deixou para mim como o seu pai já lho deixara e várias gerações antes de nós, passaram assim de pai a filho.

E tem a casa feita pela nossa mão, toda caiada de branco e com janelas azuis, tem os cachorros e as roseiras.

E tem o sangue que é mais grosso que a água e ata laços que ninguém desata, e não adianta pensar nem dizer que o sangue não importa, porque importa mesmo. E tem os amigos que são os irmãos adotivos, tão amados uns quanto os outros.

E tem o respeitável público que há vinte anos nos atura e lê, e em geral entende e aceita, e escreve e pede providências e colabora no que pode. E tem que se ganhar o dinheiro, e tem que se pagar imposto para possuir a terra e a casa e os bichos e as plantas; e tem que se cumprir os horários, e aceitar o trabalho, e cuidar da comida e da cama. E há que se ter medo dos soldados, e respeito pela autoridade, e paciência em dia de eleição. Há que ter coragem para continuar vivendo, tem que se pensar no dia de amanhã, embora uma coisa obscura nos diga teimosamente lá dentro que o dia de amanhã, se a gente o deixasse em paz, se cuidaria sozinho, tal como o de ontem se cuidou.

E assim, em vez da bela liberdade, da solidão e da música, a triste alma tem mesmo é que se debater nos cuidados, vigiar e amar, e acompanhar medrosa e impotente a loucura geral, o suicídio geral. E adular o público e os amigos e mentir sempre que for preciso e jamais se dedicar a si própria e aos seus desejos secretos.

Prisão de sete portas, cada uma com sete fechaduras, trancadas com sete chaves, por que lutar contra as tuas grades?

O único desabafo é descobrir o mísero coração dentro do peito, sacudi-lo um pouco e botar na boca toda a amargura do cativeiro sem remédio, antes de o apostrofar: Te dana, coração, te dana!



Texto extraído do livro:

Um alpendre, uma rede, um açude - 100 crônicas escolhidas. Rachel de Queiroz. Editora Siciliano. São Paulo. 1993 p. 101-103.

Graciliano Ramos

Biografia

Graciliano Ramos (1892-1953) foi escritor, revisor de jornal e diretor a Imprensa Oficial de Alagoas. É um dos grandes nomes da Segunda Geração do Modernismo brasileiro. Grande expoente do romance regionalista, Graciliano apresenta estilo marcante com textos secos e enxutos. Suas principais obras são Vidas Secas e São Bernardo, que abordam temas como a seca, o corenelismo, a miséia e a força do povo nordestino.

Durante o Estado Novo, ao ser acusado de ligações com o Partido Comunista Brasileiro, Graciliano é preso. As experiências vividas na prisão seriam, posteriormente, relatadas em seu livro Memórias do Cárcere.

Graciliano escreveu crônicas para os jornais O Índio (Palmeira dos Índios), Jornal de Alagoas (Maceió) e Paraíba do Sul (Paraíba do Sul, RJ), sendo que muitas delas forma reunidas em livros.

Crônica publicada no jornal Paraíba do Sul, em 20 de maio de 1915.



IX

O vendedor de jornais é o tipo mais despreocupado e alegre do mundo.

Tem uma alma de pássaro.

Claro está que nos não referimos ao carrancudo português que, em meio de uma chusma de folhas metodicamente dispostas, passa os dias sentado, com as pernas cruzadas no ponto de reunião da Rua do Ouvidor com o Largo de São Francisco, na Brahma, nas portas dos cafés da Avenida, em toda a parte. Não aludimos tampouco ao grave italiano de bigodeira espessa nem ao "carcamano" que, de bolsa a tiracolo, apregoa uma algaravia "à la diable", a Nôtizia e o Zêculo.

Queremos falar do pequenino garoto de dez anos, o brasileirito trêfego, ativo, tagarela como uma pega, travesso como um tico-tico.

Está sempre a rir, sempre a cantar. Canta o dia inteiro, num tom arrastado, apregoando as revistas que vende.

Por aqui, por ali, vai, vem, corre, galopa, atravessa as ruas com uma rapidez de raio, persegue os veículos, desliza entre os automóveis como uma sombra. Parece invulnerável.

É assim uma espécie de pensionista do público - arrebata as pontas de charuto que se jogam à rua e surrupia, para revender, os jornais que se deixa esquecidos nos bancos dos passeios. Se pode à socapa, deita a mão a alguma dessas pirâmides de frutos que sedutoramente se elevam às portas das mercearias.

É extraordinária a celeridade com que ele se transporta de um lugar para outro. Anuncia no Leme, na Tijuca, em Niterói, um jornal que a gente pensa ainda estar no prelo. Dir-se-ia que tem asas.

Fuma, bebe aguardente, pragueja, solta pilhérias torpes, pisca os olhos maliciosamente à passagem das mulheres, canta trovas obscenas com a música da "Cabocla de Caxangá".

Torna-se importuno às vezes, quando, a correr pelas plataformas dos bondes, fazendo reviravoltas de símio para escapar à sanha de algum condutor rabugento, nos atordoa os ouvidos com estupendos gritos estridentes.

Nada lhe empana a limpidez de espírito, nada. Está tão habituado a anunciar todos os dias "um grande atentado, um pavoroso incêndio, a prisão do célebre bandido Fulano", que afinal acaba por encarar todos esse fatos indeferentemente.

Tem gestos próprios e expressões peculiares. Para ele um assassínio ou um suicídio é simplesmente uma "encrenca". Um conflito é um "robo". Sua interjeição predileta é uê, que aliás é usada por toda a gente carioca.

Parece que desconhece hierarquias e vaidades tolas, porque não empresta títulos a nenhum nome. Diz: "O partido do Pinheiro, discursos do Ruy Barbosa, o governo do Nilo Peçanha", como se todos os cabecilhas da República fossem apenas vendedores de jornais.

Fala sobre política, conhece o valor de nossos parlamentares, discute os principais episódios da conflagração européia, critica os atos do poder e emprega imoderadamente esses vistosos adjetivos que figuram nos cabeçalhos dos artigos importantes para engodar o público incauto.

Detesta a monotonia dos tempos de paz. Gosta das revoluções, dos motins, das grossas "mixórdias" que lhe proporcionam ocasiões de ver todas as folhas arrebatadas, sem que haja necessidade de ele gritar como nos dias ordinários.

Não é somente o jornalista que explora vantajosamente os crimes - ele, o garoto endiabrado, também sabe tirar partido das mais insignificantes perturbações da ordem, revestindo todos os fatos de acessórios que lhes dão proporções extraordinárias. Parece que tem o dom de pôr um grande vidro de aumentar em cima dos acontecimentos.

É astucioso, impostor, velhaco.

Com uma finura de comerciante velho, emprega artimanhas de mestre, complicados ardis, artifícios que são uma obra-prima de sutileza, tudo para embair os transeuntes. Mente apregoando sedutoras notícias fantásticas.

Enfim, sob certos pontos de vista, o pequeno garoto vendedor de jornais é uma espécie de jornalista em miniatura...



Extraído do livro

Linhas tortas. Graciliano Ramos. Editora Record. 11ª Edição. Rio de Janeiro. 1984. p. 29 - 31.



Olavo Bilac

Biografia

Olavo Braz Martins dos Guimarães Bilac (1865-1918) é dos fundadores da Academia Brasileira de Letras e o autor de nosso Hino à Bandeira. Foi jornalista e poeta. Fundou diversos jornais que duraram pouco tempo. Sempre esteve muito envolvido com política, chegando a ser perseguido e preso. É um dos principais representantes do Parnasianismo brasileiro, merecendo destaque poesias como Via-Láctea, Profissão de Fé e O caçador de esmeraldas.

Bilac escreveu, também, diversas crônicas. Precisou, entretanto, simplificar bastante a linguagem rebuscada que costumava usar em seus poemas e textos em prosa. Essa maleabilidade de Bilac é um bom exemplo da adaptação que os escritores tinham (e ainda têm) de fazer na hora de escrever crônicas a fim de tornar o texto mais descontraído e simples.

Crônica publicada, provavelmente, no jornal Gazeta de Notícias.*



Menor Perverso

É este o título, com que aparece em todos os jornais a notícia de um caso triste, - uma criança de três anos assassinada por outra de dez, em condições que ainda não foram bem tiradas a limpo. Diz-se que o "menor perverso" ensopou em espírito de vinho as roupas da vítima e ateou-lhes fogo. Propositalmente? parece impossível... Mas nada é impossível na vida.

O fato é que, consumado o seu ato de perversidade (ou de imprudência?) o pequeno fugiu, e andou vagando pelas ruas, até que, já tarde, exausto, banhado em lágrimas, foi encontrado na praça da República e conduzido para uma delegacia policial. E os jornais, terminando a narração do caso triste, pedem quase todos, em quase unânime acordo de idéia e de expressão, que "se castigue esse precoce facínora, cujos instintos precisam ser refreados".

Que se castigue, como? Metendo-o na Correção? mandando-o para o Acre? fuzilando-o?

A ocasião é oportuna para mais uma vez se verificar quanto estamos mal aparelhados para atender às múltiplas necessidades da assistência social. Um criminoso de dez anos não é positivamente um criminoso... Se é verdade que esse menino conscientemente praticou a maldade de que é acusado, o nosso dever não é castigá-lo: é salvá-lo de si mesmo, dos seus maus instintos, das suas tendências para o exercício do mal. Como? naturalmente, dando-lhe uma educação especial, uma certa disciplina de espírito. Mas onde? É aqui que surge a dificuldade, e é aqui que somos forçados a reconhecer que, se estamos muito adiantados em matéria de politicagem e parolagem, ainda estamos atrasadíssimos em matéria de verdadeira civilização...

Já sei que há por aí uma Escola Correcional. Mas, ainda há pouco tempo, o que se soube da vida íntima dessa escola serviu apenas para mostrar que, lá dentro, os pequenos maus, pelo vício da organização do estabelecimento, estão arriscados a ficar cada vez piores. Tudo quanto se refere à assistência pública ainda está por fazer no Brasil: asilos, escolas correcionais, penitenciárias, presídios, não têm fiscalização efetiva. Só pensamos nessas casas de beneficência ou de correção, quando um escândalo, dos que há dentro delas, faz explosão cá fora, comovendo-nos ou indignando-nos. Então, há uma grita convulsa, um grande espalhafato, um grande dispêndio de artigos pelas folhas e de atividade pela polícia; mas, logo depois, tudo volta ao mesmo estado... à espera de novo escândalo.

Tive muita pena da pobre criança de três anos, morta no meio de horríveis torturas. Mas tenho também muita pena dessa outra criança, que uma brincadeira funesta (ou uma inconsciente moléstia moral, perfeitamente curável) levou à prática de um ato tão cruel. Nesse pequeno infeliz, que os jornais consideram um grande criminoso, há um homem que se vai perder, por nossa culpa, - porque não lhe podemos dar o tratamento que a sua enfermidade requer...



Texto extraído do livro:

Obra reunida. Olavo Bilac. Editora Nova Aguilar, Rio de Janeiro, 1997. p. 737-738.



* No início do livro Ironia e piedade, que integra Obra reunida, Olavo Bilac escreve:

"Quase todas estas páginas foram publicadas na Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro. (...)" (Obra reunida, p. 715)

Machado de Assis

Biografia

Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908) é considerado o maior escritor realista do Brasil e, provavelmente, o maior escritor da literatura brasileira. Nasceu numa família muito humilde e, para ajudar a família, começou a trabalhar como aprendiz de tipógrafo na Imprensa Nacional em 1856. De 1858 em diante escreve para diversos jornais importantes com regularidade.

Dentre suas principais obras estão seus contos (O Alienista e A Cartomante estão entre os mais famosos) e os romances Memórias Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba e Dom Casmurro. Foi o principal fundador da Academia Brasileira de Letras e o seu primeiro presidente. A crônica brasileira moderna tem, em Machado de Assis, um dos seus principais fundadores. Machado escrevia suas crônicas sob pseudônimos. Só 40 anos após sua morte é que se descobriu o verdadeiro autor das chamadas Crônicas de Lélio.

Na crônica abaixo, Machado de Assis aborda com ironia a questão da abolição da escravatura, que havia ocorrido no dia 13 de maio de 1888.



Crônica publicada no jornal Gazeta de Notícias, em 19 de maio de 1888.

Bons dias!

Eu pertenço a uma família de profetas après coup, post factum, depois do gato morto, ou como melhor nome tenha em holandês. Por isso digo, e juro se necessário fôr, que tôda a história desta lei de 13 de maio estava por mim prevista, tanto que na segunda-feira, antes mesmo dos debates, tratei de alforriar um molecote que tinha, pessoa de seus dezoito anos, mais ou menos. Alforriá-lo era nada; entendi que, perdido por mil, perdido por mil e quinhentos, e dei um jantar.

Neste jantar, a que meus amigos deram o nome de banquete, em falta de outro melhor, reuni umas cinco pessoas, conquanto as notícias dissessem trinta e três (anos de Cristo), no intuito de lhe dar um aspecto simbólico.

No golpe do meio (coup du milieu, mas eu prefiro falar a minha língua), levantei-me eu com a taça de champanha e declarei que acompanhando as idéias pregadas por Cristo, há dezoito séculos, restituía a liberdade ao meu escravo Pancrácio; que entendia que a nação inteira devia acompanhar as mesmas idéias e imitar o meu exemplo; finalmente, que a liberdade era um dom de Deus, que os homens não podiam roubar sem pecado.

Pancrácio, que estava à espreita, entrou na sala, como um furacão, e veio abraçar-me os pés. Um dos meus amigos (creio que é ainda meu sobrinho) pegou de outra taça, e pediu à ilustre assembléia que correspondesse ao ato que acabava de publicar, brindando ao primeiro dos cariocas. Ouvi cabisbaixo; fiz outro discurso agradecendo, e entreguei a carta ao molecote. Todos os lenços comovidos apanharam as lágrimas de admiração. Caí na cadeira e não vi mais nada. De noite, recebi muitos cartões. Creio que estão pintando o meu retrato, e suponho que a óleo.

No dia seguinte, chamei o Pancrácio e disse-lhe com rara franqueza:

- Tu és livre, podes ir para onde quiseres. Aqui tens casa amiga, já conhecida e tens mais um ordenado, um ordenado que...

- Oh! meu senhô! fico.

- ...Um ordenado pequeno, mas que há de crescer. Tudo cresce neste mundo; tu cresceste imensamente. Quando nasceste, eras um pirralho dêste tamanho; hoje estás mais alto que eu. Deixa ver; olha, és mais alto quatro dedos...

- Artura não qué dizê nada, não, senhô...

- Pequeno ordenado, repito, uns seis mil-réis; mas é de grão em grão que a galinha enche o seu papo. Tu vales muito mais que uma galinha.

- Justamente. Pois seis mil-réis. No fim de um ano, se andares bem, conta com oito. Oito ou sete.

Pancrácio aceitou tudo; aceitou até um peteleco que lhe dei no dia seguinte, por me não escovar bem as botas; efeitos da liberdade. Mas eu expliquei-lhe que o peteleco, sendo um impulso natural, não podia anular o direito civil adquirido por um título que lhe dei. Êle continuava livre, eu de mau humor; eram dois estados naturais, quase divinos.

Tudo compreendeu o meu bom Pancrácio; daí pra cá, tenho-lhe despedido alguns pontapés, um ou outro puxão de orelhas, e chamo-lhe bêsta quando lhe não chamo filho do diabo; cousas tôdas que êle recebe humildemente, e (Deus me perdoe!) creio que até alegre.

O meu plano está feito; quero ser deputado,e, na circular que mandarei aos meus eleitores, direi que, antes, muito antes da abolição legal, já eu, em casa, na modéstia da família, libertava um escravo, ato que comoveu a tôda a gente que dêle teve notícia; que êsse escravo tendo aprendido a ler, escrever e contar, (simples suposições) é então professor de filosofia no Rio das Cobras; que os homens puros, grandes e verdadeiramente políticos, não são os que obedecem à lei, mas os que se antecipam a ela, dizendo ao escravo: és livre, antes que o digam os poderes públicos, sempre retardatários, trôpegos e incapazes de restaurar a justiça na terra, para satisfação do céu.

Boas noites.



Texto extraído do livro

Obra Completa, Vol III. Machado de Assis. 3ª edição. José Aguilar, Rio de Janeiro. 1973. p. 489 - 491.

José de Alencar

Biografia

José Martiniano de Alencar (1829-1877) é um dos grandes nomes da literatura brasileira. Foi advogado, jornalista, jurista, professor, orador, político, romancista, poeta e dramaturgo. Escreveu livros que foram marcos do Romantismo brasileiro: O Guarani e Iracema. Escreveu também algumas crônicas, que foram publicadas no Correio Mercantil em forma de folhetins, chamados Ao Correr da pena. Mais tarde, esses textos foram reunidos num livro, que recebeu o mesmo nome.

Na época de Alencar a crônica era um pouco diferente da que conhecemos hoje e parecia-se muito mais com os folhetins publicados na Europa daquele período. Alencar escrevia textos comentando fatos ocorridos durante a semana. Com isso, seu texto tinha dois aspectos: um informativo, já que tinha a função de informar os leitores, e um literário, pois o escritor desenvolvia um estilo próprio de escrever seus textos.



Crônica publicada no jornal Correio Mercantil, em 19 de novembro de 1854.

Rio, 19 de novembro

Se a mitologia dos povos antigos tivesse dado formas de mulher, de fada ou ninfa, às semanas, como fêz com as horas, não me veria às vêzes em tão sérios embaraços para escrever esta revista.

Em lugar de estar a cogitar idéias, a parafusar novidades, e a lembrar-me de fatos e coisas passadas, pediria emprestado a algum dos tipos da grande galeria feminina as feições e os traços para desenhar o meu original.

Assim, quando me viesse uma semana alegre e risonha, mas muito inconstante, com uns dias cheios de nuvens, e outros límpidos e brilhantes, iluminados pelos raios esplêndidos do sol, uma semana elegante de teatros e de bailes, imaginaria alguma fada de formas graciosas, de olhos grandes, com uma certa altivez misturada de uma dose sofrível de loureirismo.

Vestiria a minha fada de branco com algumas fitas côr-de-rosa, pedir-lhe-ia que me contasse com tôda a graça e travessura do seu espírito os segredos de suas horas e de seus instantes.

Ao contrário, se fôsse uma semana bem calma e bem tranqüila, em que os dias corressem puros e serenos, em que fizesse umas belas noites de luar bem suaves e bem calmas, de céu azul e de estrêlas cintilantes, lembrar-me-ia de alguma moreninha da minha terra, de faces côr de jambo, ojos adormidillos, como dizem os espanhóis.

Então escreveria uma poesia, um poema, um romance ou um idílio singelo, e livrava-me assim de meter-me em certas questões graves e importantes que ocupam a atualidade. Faria como o poeta; e limitar-me-ia às pequenas coisas que me tivessem interessado. Nugae, quarum pars parva fuit.

É verdade que, quando me acertasse cair uma semana como esta passada, onde iria eu procurar um tipo, um modêlo que a caracterizasse perfeitamente? Lembro-me de uma mulher, que descreveu Byron, a qual, com algumas modificações, talvez me pudesse bem servir para o caso.

Seu único aspecto (da mulher) valia um discurso acadêmico; cada um de seus olhos era um sermão; na sua fronte estava estampada uma dissertação gramatical. Enfim, era uma aritmética ambulante. Dir-se-ia uma correspondência ou alguma velha polêmica que se houvesse despegado do seu competente jornal, para andar pelo mundo a discutir e argumentar.

Com efeito, só êste tipo imitado de D. Juan poderia dar uma ligeira idéia da semana passada, a qual num formulário de botica podia bem traduzir-se pela seguinte receita: uma dose de sol, duas de chuva e três de maçada. Admirável receita para curar a população desta côrte da febre de novidades que tem produzido a guerra do Oriente.

Os antigos, porém, que fizeram tanta coisa boa, esqueceram-se dessa invenção de personificar a semana, e por conseguinte não há remédio senão deixar as comparações e voltar ao positivo da crônica, desfiando fato por fato, dia por dia.

Aposto que já estais a rir dêste meu projeto, perguntando com os vossos botões que fatos são êstes que descobri na semana passada, que acontecimentos se deram nestes dias, que valham a pena, não já escrever simplesmente, mas contar.

Ides ver. Em primeiro lugar, contar-vos-ei que a semana teve sete dias e sete noites, tal e qual como as outras. Dêstes sete dias muitos foram de chuva, e alguns estiveram tão belos, tão frescos, tão puros, que sentia-se a gente renascer com o sol que vivificava a natureza. As noites foram quase tôdas de inverno e de teatro.

No Provisório estreou a nova cantora, completando-se assim o número das três deusas que devem disputar o pomo de ouro, o qual também foi pomo da discórdia. O público dilettante está por conseguinte arvorado em Paris; e os poetas já se prepararam para cantar a nova Ilíada e as causas terríveis de tão funesta guerra. Et teterrimas belli causas.

Em São Pedro de Alcântara o aparecimento de João Caetano produziu uma noite de entusiasmo e um novo triunfo para o artista distinto, único representante da arte dramática no Brasil.

Infelizmente as circunstâncias precárias do nosso teatro, ou outras causas que ignoramos, não têm dado lugar a que João Caetano forme uma escola sua, e trate de elevar a sua arte, que no nosso país ainda se acha completamente na infância.

É a êste fim que deve presentemente dedicar-se o ator brasileiro. Sua alma já deve estar saciada destês triunfos e dessas ovações pessoais, que são apenas a manifestação de um fato que todos reconhecem. Como ator, já fêz muito para sua glória individual; é preciso que agora como artista e como brasileiro trabalhe para o futuro de sua arte e para o engrandecimento de seu país.

Se João Caetano compreender quanto é nobre e digna de seu talento esta grande missão, que outros, antes de mim, já lhe apontaram; se, corrigindo pelo estudo alguns pequenos defeitos, fundar uma escola dramática que conserve os exemplos e as boas lições do seu talento e a sua experiência, verá abrir-se para êle uma nova época.

O govêrno não se negará certamente a auxiliar uma obra tão útil para o nosso desenvolvimento moral; e, em vez de vãs ostentações, de coroas e de versos que se procuram engrandecer ùnicamente pelo assunto, terá o que lhe tem faltado até agora, o apoio e a animação da imprensa desta côrte.

Uma das coisas que têm obstado a fundação de um teatro nacional é o receio da inutilidade a que será condenado êste edifício, com o qual decerto se deve despender avultada soma. O gôverno não só conhece a falta de artistas, como sente a dificuldade de criá-los, não havendo elementos dispostos para êsse fim.

Não temos uma companhia regular, nem esperanças de possuí-Ia brevemente. A única cena onde se representa em nossa língua ocupa-se com vaudevilles e comédias traduzidas do francês, nas quais nem o sentido nem a pronúncia é nacional.

Dêste modo ficamos reduzidos ùnicamente ao teatro italiano, para onde somos obrigados, se não preferimos ficar em casa, a dirigirmo-nos tôdas as noites de representação, quer cante a Casaloni, quer encante a Charton, quer descantem as coristas. Tudo é muito bom, visto que não há melhor.

Já algumas vêzes temos censurado a diretoria do teatro por certas coisas que nos parece se podem melhorar sem grandes sacrifícios. Hoje cumpre-nos fazer-lhe uma justiça, e até um elogio, que ela merece sem dúvida alguma, pela resolução que nos consta ter tomado de reparar o edifício e iluminá-lo a gás.

A polícia também tem-se esmerado em fazer cessar as cenas tumultuárias e desagradáveis que se iam tornando tão freqüentes naquele teatro, e que, se continuassem, acabariam por afugentar dêle os apaixonados da música de batuque.

Não é, porém, ùnicamente no teatro que a polícia tem dado provas de atividade. Efetuou-se esta semana a prisão de um moedeiro falso, que se preparava a montar uma fábrica dessa indústria lucrativa.

O crime de moeda falsa é um dos mais severamente punidos em todos os países, porque ameaça a fortuna do Estado e a dos particulares. Entretanto não acho razão no legislador em ter punido ùnicamente o falsificador de moeda, deixando impunes muitos outros falsificadores bem perigosos para a nossa felicidade e bem-estar.

Todos os dias lemos nos jornais anúncios de dentistas, de cabeleireiros e de modistas, que apregoam postiços de tôdas as qualidades, sem que a lei se inquiete com semelhantes coisas.

Entretanto imagine-se a posição desgraçada de um homem que, tendo-se casado, leva para casa uma mulher tôda falsificada, e que de repente, em vez de um corpinho elegante e mimoso, e de um rostinho encantador, apresenta-lhe o desagradável aspecto de um cabide de vestidos, onde tôda a casta de falsificadores pendurou um produto de sua indústria.

Quando chegar o momento da decomposição dêste todo mecânico - quando a cabeleira, o ôlho de vidro, os dentes de porcelana, o peito de algodão, as anquinhas se forem arrumando sôbre o toilette - quem poderá avaliar a tristíssima posição dessa infeliz vítima dos progressos da indústria humana!

Nem ao menos as leis lhe concedem o direito de intentar uma ação de falsidade contra aquêles que o lograram, abusando de sua confiança e boa-fé. É uma injustiça clamorosa que cumpre reparar.

Um homem qualquer que nos dá a descontar uma letra de uns miseráveis cem mil réis, falsificada por êle, é condenado a uma porção de anos de cadeia. Entretanto aquêles que falsificam uma mulher, e que desgraçam uma existência, enriquecem e riem-se à nossa custa.

Deixemos esta importante questão aos espíritos pensadores, aos amigos da humanidade. Não temos tempo de tratá-la com a profundeza que exige; senão, resumiríamos o quadro de tôdas as desgraças que produzem não só aquelas falsificações do corpo, mas também muitas outras, como um olhar falso, um sorriso fingido, ou uma palavra mentida.

Demais, temos ainda de falar de uma outra medida do chefe de polícia a respeito dos cães, e que interessa extraordinàriamente a segurança pública. O que cumpre é zelar a sua execução para que não se torne letra morta, e faça cessar o perigo que corremos todos os dias de encontrarmos a cada momento na rua ou no passeio a morte do hidrófobo.

Afonso Karr levou dois anos a escrever para conseguir que a polícia de Paris adotasse esta útil medida de segurança pública, a que ordinàriamente damos tão pouco cuidado, e muitas vêzes mesmo nos revoltamos por um mal entendido sentimento de humanidade.

Um dos maiores obstáculos que êle encontrou sempre foram certos prejuízos, certos erros consagrados e que todo o mundo repete, sem refletir, nem compreender o sentido das palavras que profere.

Assim, desde a antiguidade se diz que o cão é o amigo fiel do homem, o tipo e o môdelo da amizade.

Êste consentimento unânime, diz o escritor francês, é uma singular revelação do caráter do homem. O cão obedece sem reflexões, se submete a todos os caprichos e a tôdas as vontades sem distinção; quando o castigam, em vez de se defender, roja-se aos pés de seu senhor e caricia a mão que o castigou. E é isto o que o homem chama um amigo!

Já se vê que o sentimento não é tão nobre como o parece a princípio. Tôdas estas vãs declamações dos poetas sobre êsse animal, que dizem representar o símbolo da fidelidade, dão uma bem mesquinha idéia do coração humano.

Não é, pois, o prazer de possuir um autômato, que se move a nossa vontade, que pode compensar um dos maiores riscos a que estamos sujeitos, e para o qual olhamos indiferentemente.

Texto extraído do livro:

Ao correr da pena. José de Alencar. 2ª edição. Edições Melhoramentos. São Paulo. p. 87-92.





1 Comentários:

Às 9:33 AM , Blogger Escritora de Artes disse...

Oi Rita,

Fiquei sabendo sobre o seu trabalho através do Prof. Augusto. Meu nome é Vanessa e escrevo Contos e Poemas, tenho muito interesse em publicar um livro, mas gostaria imensamente da sua opinião sobre os meus escritos.

Ficarei honrada com a sua visita, meu blog é o Escritora de Artes.

www.escritoradeartes.com

Saudações e até breve!

 

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial

  • Google News
  • CURRÍCULO DA BLOGUEIRA

    Rita Bernadete Sampaio Velosa –Poetisa,contista,cronista e trovadora Araraquarense, formada em Comunicação Social /Jornalismo– PUCC/SP, em Letras - Português e Inglês / Plena – UNESP/SP, em Pedagogia e Supervisão Escolar - Faculdades São Luís/SP e com Especialização em Língua Inglesa- BELL SCHOOL/Inglaterra.Publicada eventualmente nos Jornais: “O Imparcial”- Araraquara/SP, “Roteiro”- Campinas/SP, “Diário do Povo”- Campinas/SP, “A Tribuna”-Araraquara, Pró-Dons-Uberlândia , Intervalo/Curta Poesia –Rio de Janeiro, RSLetras/RS na Minirevista Literária/RJ,Caderno Literário Pragmatha/RS e na Revista do “Clube dos Escritores de Piracicaba”(Conselho Acadêmico– Cadeira 58.)É Delegada Regional do Clube dos Escritores, Delegada Cultural da ALPAS XXI É consulesa do Movimento Poetas Del Mundo em Américo Brasiliense.É membro da UBT- Delegada por Américo Brasiliense.. Membro Correspondente das Academias Cachoeirense de Letras/ES, Itajubense de Letras/MG e AVLAC-Academia Varginhense de Letras/MG .Sócia do movimento VIRARTE/RS. Primeira Secretaria da ONG – SOS Cerrado/GO.Revisora do Livro “Buriti”- Premiado com o “Sol de Ouro”.Foi Editora da Revista Eletrônica: “A Ratoeira”(Internet) e publica atualmente o BLOG “CYBER RATOEIRA”-blog oficial- e mais 30 blogs. Professora Aposentada de Ensino Médio, de Português e Literatura/SP. Filha do escritor Dr.Jobal do Amaral Velosa (Buriti-Cronicontos) e sobrinha neta do poeta João Vellosa do Amaral (Um Galho de Morassol). Premiada por várias Academias de Letras e Artes e Editoras . Publicada em mais de 100 antologias nos últimos anos, no Brasil, em Portugal, na França e Inglaterra.Publicou os livros solo de poesias- VENTOS PASSANTES – pela CBJE/RJ-2007 , FAROLEIROS DE ALMAS - CBJE/RJ em 2008.,o livro de crônicas FILHOS DAS ESTRELAS –CBJE/RJ EM 2009 , o livro de contos VESTÍGIOS DOS DIAS - CBJE/ RJ EM 2010 e o livro de contos ABNORMAL E OUTRAS SANDICES DO INESPERADO EM 2011-CBJE//RJ. Organizadora do PRÊMIO BURITI E RESPECTIVA ANTOLOGIA ,Já em sua terceira edição..

    PREMIAÇÕES DA BLOGUEIRA

    Troféu Carlos Drummond de Andrade como destaque em Literatura e em Ativismo Cultural 2011. Primeiro lugar em conto no “X Concurso Literário Algarve-Brasil” com o conto “Flavinha Guaraná”, Olhão/Portugal -TROFÉU BRASIL/ALGARVE 2007 Primeiro Lugar no “IX Prêmio Missões” , Troféu Igaçaba -Categoria Nacional-Crônicas,com a crônica “102”. Roque Gonzales / RS 2006 Primeiro Lugar no Concurso Nacional da Academia Pontagrossense de Letras e Artes- APLA – em Poesia Moderna com “ Castelo de Areia” Ponta Grossa/PR 2008 Primeiro Lugar no Concurso Nacional de Trovas da Academia Pontagrossense de Letras e Artes – APLA / PR – Ponta Grossa/PR 2006 Primeiro Lugar no Concurso Nacional de Contos de Santa Lúcia/SP com “Lamparinas Românticas do Sertão”- Santa Lúcia/SP 2006 Segundo lugar nacional no 11º Prêmio Missões com o conto “Bicho Homem”- Roque Gonzales/RS 2007 Segundo Lugar Nacional em contos no “ Concurso Literário FACCAT de Contos,Crônicas e Poemas 2007” com o conto Bicho Homem Taquara/RS 2007 Segundo Lugar Nacional em Crônicas do “ II Concurso literário da Sociedade de Escritores de Blumenau “ – SEB/ SC com“Lamparinas Românticas do Sertão”.- Blumenau/SC 2006 Segundo Lugar no XVIII Concurso Internacional de Crônicas “Nylce Mourão Coutinho da Academia Divinopolitana de Letras –com a crônica “Lógica Binária” – Divinópolis/MG 2006 Segundo Lugar no XII Concurso Nacional de Poesias da Academia Pontagrossense de Letras e Artes - APLA / PR, com a poesia “ A Lágrima“ Ponta Grossa/PR 2005 Segundo Lugar no 5º Concurso Estadual de Trovas pela NET-UBT/Roseira/SP com o tema Lembranças São Paulo/SP 2007 Terceiro Lugar no XIII Concurso Internacional de Outono da Editora Giraldo /SP com o conto “Compasso de Espera” publicado na coletânea “Humano, Humano Demais”. Editora AG/SP São Paulo/SP 2004 Terceiro lugar no 5º Concurso Estadual de Trovas pela NET- UBT/Roseira/SP, com o tema Lembranças São Paulo/SP 2007 Terceiro Lugar no Concurso Literário Internacional “Prêmio Cidade de Conselheiro Lafaiette 2007- da Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafaiette/ MG- com a poesia “ Vento louco,vento breve!” Conselheiro Lafaiette/MG 2007 Terceiro Lugar no XII Concurso Literário Internacional ALPAS XXI-Prêmio Dalvina Ebling em poesia com “ Faroleiros de Almas”- Cruz Alta/RS 2007 Terceiro Lugar no XII Concurso Literário Internacional ALPAS XXI- Prêmio Dalvina Ebling em Crônica, com “ Papéis Avulsos” - Cruz Alta/RS 2007 Terceiro Lugar Concurso Nacional Poetando IV do GREBAL- Grêmio Barramansense de Letras , com o poema “ Faroleiros de Almas”- Barra Mansa/RJ 2007 Terceiro Lugar no Concurso Literário Maracajá 2008 com a crônica “Terráqueo” Ilha do Governador/RJ 2008 Terceiro Lugar no V Concurso Literário Maracajá com a crônica “Macro ou Micro?” Ilha do Governador/RJ 2009 Quarto Lugar no XVIII Concurso Internacional de Verão da Editora AG-São Paulo, com os contos “Letícia” e ”Iesus Nazarenus Rex Iudeorum” – publicados na antologia “Panorâmicas Palavras”- São Paulo/SP 2006 Quarto Lugar no XIX Concurso Literário Internacional de Outono da Editora Giraldo/SP com as Poesias “Teologais” e “Ore Por Mim”. São Paulo/SP 2006 Quarto Lugar no Concurso Literário Nacional da APLA- Academia Pontagrossense de Letras e Artes – na categoria Crônica , com “ Papéis Avulsos” . Ponta Grossa/PR 2008 Quarto Lugar no II Concurso Nacional Permanente de poesias do Semi-Árido do Nordeste Brasileiro, com o soneto “ Vento louco, vento breve!” Campina Grande/ PB 2008 Quarto Lugar no XVI Concurso Nacional de Poesia,Conto e Crônica da Academia de Letras de São João da Boa Vista/SP, com a poesia “Castelo de Areia” São João da Boa Vista/SP 2008 Quarto Lugar no XXVI Concurso Literário Internacional da Editora AG com as crônicas “Eufemismo” e “Gaia com Febre” São Paulo/SP 2008 Quinto Lugar no Concurso Nacional “Brasileiros em Prosa & Verso” da Academia Varginhense de Letras ,Artes e Ciências, com o soneto “Vento Louco, Vento Breve” –AVLAC- VarginhaMG 2008 Sexto Lugar no Concurso Literário Pôr- do –Sol , com a crônica “Mercadores da Guerra” – Araraquara / SP- 2005 Sétimo Lugar com a poesia “Encontro Acidental” , 9º Lugar com a poesia “Partida” e 10º Lugar com as poesias “Passagem “ e “Ladainha” no “III Concurso Nacional Literário VIRaRTE” – Santa Maria/RS 2006 Nono Lugar no XXVII Concurso Literário Internacional da Editora AG, com a poesia “Ler” São Paulo/SP 2009 Décimo Lugar e Prêmio de Edição no IV Concurso Literário VIRARTE--Selecionada e publicada na Coletânea Literária Voragem com as poesias Ah...Natureza! , Dúvida e Desafinar do Movimento VirArte- Santa Maria/ RS- 2007 Décimo Lugar e Menção Honrosa no I Concurso de Poesias Rapsódias da “Confraria dos Artistas” com a poesia “Desafinar” – São José dos Campos/SP 2006 Décimo Lugar e Menção Honrosa no Concurso Literário do Congresso da Sociedade de Cultura Latina – Seção Brasil–Prêmio Euclydes Porto Campos- com o conto “Bicho-Homem” – Mogi das Cruzes/SP 2006 Décimo Primeiro Lugar no VI Concurso Literário VIRARTE, com o poema “Ponto de Vista Ilusório” Santa Maria/RS 2009 Décimo Segundo Lugar no XXVII Concurso Literário Internacional da Editora AG com a crônica “Madrasta Vil e Padrasto Pior Ainda” São Paulo/SP 2009 Décimo Terceiro Lugar no III Concurso Nacional Permanente de Poesias do Semi-Árido do Nordeste Brasileiro com a poesia “ Castelo de Areia” Campina Grande/PB 2008 Décimo Quarto Lugar no XIII FESERP-Festival Sertanejo de Poesia- “ Prêmio Augusto dos Anjos” -com o soneto “ Vento Louco,Vento breve”- Aparecida/PB 2007 Menção Honrosa Nacional no Concurso “Minha Terra” da Academia Sul Brasileira de Letras com a poesia Desassossego – Pelotas/RS 2009 Menção Honrosa no V Concurso Literário Maracajá com o conto – “Escriba – O Portal Secreto”- Ilha do Governador/RJ 2009 Menção Honrosa no I Concurso Literário Internacional Casa Museu Prof ª Maria Jose Fraqueza com a crônica “Catarse” – Fuseta/Portugal 2009 Menção honrosa no 1° Concurso da Minirrevista Literária contando e Poetizando, com a poesia “Me faz Feliz” – Rio de Janeiro/RJ 2009 Menção Honrosa Nacional, em crônica, no Concurso Literário Prêmio Missões 12 com a crônica “Madrasta Vil e Padrasto pior ainda” – Roque Gonzales/RS 2009 Menção Honrosa no III Concurso Nacional Permanente de Poesias do Semi-Árido do Nordeste Brasileiro com a poesia “Castelo de Areia”- Campina Grande/PB 2009 Menção Honrosa no Concurso Nacional “Emoções em Prosa e Verso do Grupo Sul-Mineiro de Poesia”, Edições Alba e Academia Varginhense de Letras Artes e Ciências – AVLAC – com o soneto “ Benditos e Malditos”- Varginha/MG 2009 Menção Honrosa Nacional no Concurso “APLA”- Academia Pontagrossense de Letras e Artes 2009 na categoria contos, com o conto “Motivo de Vergonha” – Ponta Grossa/PR 2009 Menção Honrosa Nacional com o Concurso da “APLA” – 2009 na categoria crônica, com a crônica “Repintando o Apocalipse” – Ponta Grossa/PR 2009 Menção Honrosa nos Jogos Florais Internacionais de Nossa Senhora do Carmo de Fuseta de 2007 com a quadra popular “Minha Virgem Padroeira”- Fuseta/Portugal 2007 Menção Honrosa no XII Concurso Internacional de Quadras Natalícias com o mote “ Meu menino de Encantar” do Sport Clube Lisboa & Fuseta/Portugal 2007 Menção Honrosa Nacional em verso, categoria Ecologia no 11º Prêmio Missões – Verso,com a poesia “ Planeta Azul”- Roque Gonzales/RS 2008 Menção Honrosa na Categoria Profissional no X Concurso Nacional de Poesias do Clube dos Escritores de Piracicaba com a poesia “Rosa Desfolhada” Piracicaba/SP 2008 Menção Honrosa no III Concurso de Poesias da Costa da Mata Atlântica com a poesia “ Castelo de Areia” Piracicaba/SP 2008 Menção Honrosa no Concurso Nacional Brasileiros em Prosa & Verso da Academia Varginhense de Letras Artes e Ciências – AVLAC – com a poesia contemporânea “Faroleiros de Almas” Varginha/MG 2008 Menção Honrosa no Concurso Nacional de Contos e Crônicas da Academia Pontagrossense de letras – APLA –com o conto “ Solidão por Solidão” Ponta Grossa/PR 2008 Menção Honrosa no IX Concurso Nacional do Clube dos Escritores de Piracicaba de 2007, na categoria amador, com o soneto “Futuro”- Piracicaba/SP 2007 Menção Honrosa no II Concurso de Poesias da Costa da Mata Atlântica com a poesia “ Natureza Morta”- Piracicaba/SP 2007 Menção Honrosa Nacional em Poesia Moderna , no 11º Prêmio Missões, com a Poesia “Natureza Morta”- Roque Gonzales / RS 2008 Menção Honrosa no Concurso Literário da Sociedade de Poetas do Círculo dos Trabalhadores Cristãos de Vila Prudente, com o soneto “Luz”- São Paulo/SP 2007 Menção Honrosa em Poesia Clássica no XIV Concurso Nacional de Poesias da Academia Pontagrossense de Letras e Artes-APLA, com o soneto “Luz”- Ponta Grossa/PR 2007 Menção Honrosa em Crônica no VIII Concurso Nacional de Contos, Crônicas e Trovas da Academia Pontagrossense de Letras e Artes, com a crônica “Macro ou Micro”- Ponta Grossa/PR 2007 Menção Honrosa no Concurso Literário do Forum de Maracajá-400Anos da Ilha do Governador, com o conto “Bicho-Homem”- Rio de Janeiro/RJ 2007 Menção Honrosa no II Concurso Nacional “Poetas do Brasil”, com o poema “Estou a mirar as Paisagens- Porto Seguro/Bahia 2007 Menção Honrosa no XIV Concurso Nacional de Poesias “ Notas Literárias- Prêmio Alba Granja Medeiros- com a poesia “ Faroleiros de Almas” - Maceió/ Alagoas 2007 Menção Honrosa Estadual no 6º Concurso de Trovas Pela NET- UBT/ Roseira/SP com o tema Trova Roseira/SP 2007 Menção Honrosa e Menção Especial Estadual no 7º Concurso de Trovas pela NET- UBT/ Roseira/SP com o tema “Ruinas” Roseira/SP-2007 Menção Honrosa no 19º Festival de Poemas de Cerquilho/SP com o poema “O Amor” - Cerquilho/SP 2006 Menção Honrosa no Concurso Nacional de Crônicas da Academia Pontagrossense de Letras - APLA/ PR, com a crônica “Mercadores da Guerra” – Ponta Grossa/PR 2006 Menção Honrosa no V Concurso “Grandes Nomes da Nova Literatura Brasileira” com o conto “Compasso de Espera”. –Editora Phoenix/SP São Paulo/SP 2005 Menção Honrosa no VII Concurso Nacional de Crônicas- APLA/PR com a crônica “Os Caras de Pau “– Ponta Grossa/PR 2005 Menção Honrosa no XXXVI Concurso Nacional de Contos e Poesias Abdala Mameri/2005 da Academia de Letras e Artes de Araguari- MG com o conto “Letícia” . Araguari/ MG 2005 Menção Honrosa no Concurso “Flores da Poesia” da Academia Nacional de Letras e Artes-RJ/2005 –com a poesia “Ladainha”. Rio de Janeiro/RJ 2005 Menção como “Rico Regionalismo em estória literária” no Concurso Internacionalizando o Jovem Escritor para o conto O SUCURI –Vespasiano/MG - 2007 Menção Especial Pela Academia de Letras do Estado do Rio de Janeiro no “IV Concurso Literário Luciana Barbosa Nobre pela poesia “Teologais”- Rio de Janeiro/RJ 2006 Menção Especial no VI Concurso Grandes Nomes da Nova Literatura Brasileira , com o conto “ Letícia” –Editora Phoenix / SP São Paulo/SP 2006 Destaque literário no III Concurso Literário Internacional Letras Premiadas em Poesias, com “Ler” e “Pobre Deus”- Cruz Alta/RS 2009 Destaque literário no III Concurso Literário Internacional Letras Premiadas em Contos, com “Vila Cramulhão”- Cruz Alta/RS 2009 ]Destaque em Poesia na Quinta Seletiva de Poesias,Contos e Crônicas do Clube Amigos de Letras, de Barra Bonita, com a poesia “Vida Bandida”- publicada na Antologia “Filhos da Luz”- Barra Bonita/SP 2007 Destaque em Conto, com “ Flavinha Guaraná “ no XII Concurso Literário Internacional ALPAS XXI- Prêmio Dalvina Ebling- Cruz Alta/RS 2008 Destaque em Poesia , com “ Pobre Deus “ no XII Concurso Literário Internacional ALPAS XXI- Prêmio Dalvina Ebling- Cruz Alta/RS 2008 Destaque Literário em Crônica no II Concurso Internacional Letras Premiadas 2008 da ALPAS XXI com a crônica “ Madrasta Vil e Padrasto Pior Ainda” publicada na Antologia “ Deslizes Cruz Alta/RS 2008 Destaque Literário em Poesia no II Concurso Literário Internacional Letras Premiadas 2008 da ALPAS XXI , com a poesia “Rosa Desfolhada” Cruz Alta/RS 2008 Prêmio de Edição em poesia no VI Concurso “ Desperte o Poeta Que Existe em Você” da Associação de Aposentados e Pensionistas de Jundiaí e Região e da Academia Jundiaiense de Letras com a Academia Feminina de Letras e Artes, com a poesia “ Rosa Desfolhada”. Jundiaí/SP 2008 Prêmio de Edição – selecionada e publicada na Antologia do Concurso Meu Amor é Você com a crônica “ Meu Amor é Você”-da Litteris Editora/RJ- Rio de Janeiro/RJ 2007 Prêmio de Edição-Selecionada e publicada na Antologiado Concurso “Poemas de Amor &Poesias de Paixão” com a poesia Às traças a madeira! – da Litteris Editora/RJ – Rio de Janeiro/RJ 2007 Prêmio de Edição-Selecionada e publicada na IV Antologia de Contos Fantásticos pela Câmara Brasileira do Jovem Escritor, com o conto” A Noiva Virgem”-CBJE/RJ- Rio de Janeiro/RJ 2007 Prêmio de Edição - Selecionada para participar da coletânea PERFIL da APPERJ /RJ tendo publicada a poesia “Passagens”. Rio de Janeiro/RJ 2005 Prêmio de Edição em Poesia no V Concurso Grandes Nomes da Nova Literatura Brasileira com –“Falar sobre a Vida” e em Crônica com “Família” pela Editora Phoenix./SP São Paulo/SP 2005 Prêmio de Edição em Crônica e em Poesia no VI Concurso Grandes Nomes da Nova Literatura Brasileira – com “Lamparinas Românticas do Sertâo “ e “ Pura Emoção” pela Editora Phoenix /SP São Paulo/SP 2006 Classificada para a final , selecionada e publicada na Antologia do Prêmio UNIVAP (Universidade do Vale do Paraíba) -2008 com o conto Lamparinas Românticas do Sertão. São José dos Campos/SP 2008 Classificada para a final, com o conto “Bicho-Homem” no Concurso de Contos do Jornal Cultural Voz Ativa- “Prêmio Antonio Torres” Sátiro Dias/Bahia 2007 Classificada Para a Final no XI Concurso “Benjamim Rodrigues”de poesia falada , com os poemas “Onde Canta O Ra-ta-tá” e “Ore Por Mim” em Gurupi / TO 2006 Classificada para a Final no 1º Concurso Nacional de Poesias de São Bentinho com o soneto “Teologais”, com o poema “Honra Tua Bandeira” e com o poema “Desafinar” São Bentinho/ PB 2006 Classificada para a Final no Concurso Crônica & Literatura- “Prêmio Carlos Heitor Cony” e publicada na Antologia Palavras Libertas com a crônica “Último Dia do Mês do Cachorro - Louco” Uberlândia /MG 2006 Classificada , selecionada e publicada na coletânea do Concurso Poetas do Brasil, -movimento Arte Bahia e Câmara Brasileira do Jovem Escritor, com a poesia “ AR” - Porto Seguro/BAHIA 2006 Selecionada para Publicação pela ASES – Associação dos Escritores de Bragança Paulista para a Antologia do XI Concurso de Prosa- Prêmio “ Professor Antonio Carlos de Almeida”, com a crônica “Lamparinas Românticas do Sertão” – Bragança Paulista /SP 2006 Selecionada e Publicada na Coletânea “Autores Reunidos” Volume III pela Sociedade Partenon Literário/ RS com as crônicas “Amor” e “Mulher”, com os contos “Ninja da Cana”, “A Porta” e “O Drible da Vaca “ e as poesias “A Lágrima” , “A Televisão” e “Ladainha”. Lançada na Feira Internacional do livro de Porto Alegre Porto Alegre/RS 2005 Selecionada e publicada na Coletânea Perfil 2006 da APPERJ/ RJ, com a poesia “Encontro Acidental”. Rio de Janeiro/RJ 2005 Selecionada e Publicada na Antologia do VI Concurso Nacional de Literatura “Revelações do Terceiro Milênio” com o conto “Letícia” – Caçu /GO (lançada pela Litteris Editora na 19ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo – Caçu/GO 2006 Selecionada e publicada na Antologia do XV Concurso Nacional de Poesia da ALAP – Academia de Letras e Artes de Paranapuã- Prêmio Acadêmico Mario Marinho” com o poema “Despedida” . Paranapuã/RJ 2005 Selecionada e Publicada”na XV Antologia “Nossos Instantes” do III Concurso Internacio-nal de Poesia do CPAC com os poemas “Sonhar”, “Vida “ e “Salvação” Campinas / SP 2005 Selecionada e Publicada na antologia Além das Letras” da “IV Seletiva de Poesias ,Contos e Crônicas do Clube Amigos das Letras de Barra Bonita/ SP”, com a crônica “O Vitral do Purgatório Barra Bonita/SP 2006 Selecionada para publicação na V Antologia Internacional ”Palavras do Terceiro Milênio”, com as obras “Imponderável” , “Seca- Pimenteira” , “O drible da Vaca”, “Os Caras – de – Pau” e “Catarse”. –EditoraPhoenix/SP. São Paulo/SP 2005 Selecionada e publicada na Antologia Del’ Secchi- Vol. XVI/ RJ com a crônica –“Réquiem”. Rio de Janeiro/RJ 2006 Selecionada e publicada na "III Olimpíada Cultural 500 Anos da Língua Portuguesa no Brasil" com a crônica "Lógica Binária" na categoria Consagrados, com "destaque especial" para Prosa.- Barra Bonita/SP 2006 Selecionada para publicação na Antologia do 3º Concurso da Editora Guemanisse de Contos e poesias com o conto “O Bom Ladrão” –Teresópolis/ RJ 2006 Selecionada para Publicação na Antologia da ALAP -“Academia de Letras e Artes de Paranapuã”- referente ao Concurso Nacional de poesia “Mario Marinho, com o poema “Natal”. Paranapuã/RJ 2006 Selecionada para publicação da Antologia da Academia Cachoeirense de Letras - ACL – referente ao V Concurso Newton Braga de poemas , com o soneto “Teologais”. – Cachoeiro do Itapemirim/ES 2006 Selecionada para Edição e publicada na XVII Antologia Del Secchi com as reflexões “ Filhos das Estrelas” e “Caniço Quebrado”- Rio de Janeiro/RJ 2007 Selecionada e Publicada pela Editora Scortecci na Antologia Scortecci-25 anos com o conto “ O Sucuri” –Scortecci Ed.- São Paulo/SP 2007 Selecionada para Edição na Antologia do Concurso Primavera/Verão-Estação do Amor com o poema “Nós Outros”-Litteris Editora- Rio de Janeiro/RJ 2007 Selecionada e publicada na III Coletânea da Casa do Poeta de Canoas com a poesia Paixão – Canoas/RS - 2007 Selecionada e publicada na Antologia “Partenosistas do Século XXI” com a crônica “102” pela Sociedade Partenon Literário-Ápex Edições- e lançado na 53ª Feira de Porto Alegre/RS PortoAlegre/RS 2007 Selecionada e publicada ,com a poesia “Procura” ,na Antologia do XV Congresso Brasileiro de Poesia – Bento Gonçalves/RS 2007 Selecionada e Publicada, com a poesia “ Vida Mestra”,na coletânea da Casa do Poeta Rio-Grandense -43 anos- CAPORI Porto Alegre/RS 2007 Selecionada e Publicada, com as poesias “ Desafinar “ e “ Lume das Lembranças” na XXII Coletânea de Contos e Poesias do GLAN- Grêmio Literário de Autores Novos- Volta Redonda / RJ 2007 Selecionada e Publicada, com o conto “ Flavinha Guaraná”, na Antologia do I Concurso Literário”Grandes Escritores do Interior de São Paulo” da Editora “ Casa do Novo Autor”/ SP São Paulo/SP 2007 Selecionada e Publicada, com a trova “Tempo” na XVII Antologia da ALAP- Academia de Letras e Artes de Paranapuã/RJ Paranapuã/RJ 2007 Publicada na Coletânea “Grandes Nomes dos Campos Gerais & Convidados Especiais “Personalidades que Fazem Nossa História”-organizada por Fernando Munhoz- Ponta Grossa/PR 2007 Selecionada e publicada na Antologia comemorativa dos 40 anos da Academia de Letras e Artes de Araguari, com o conto “ Jeromim do Jipim Amarelim” Araguari/MG 2008 Selecionada “Festival Sertanejo de Poesias” para a Antologia Poética do FESERP – Volume V – Prêmio Augusto dos Anjos com Aparecida/PB 2009

    AQUI ESTOU DISPONIBILIZANDO MEU ÚLTIMO LIVRO DE CONTOS PARA LEITURA GRATUITA ON-LINE. É SÓ CLICAR NO ÍCONE À DIREITA PARA LER EM TELA CHEIA. BOA LEITURA! ESPERO QUE GOSTE! PRESENTE MEU PARA OS AMIGOS DO BLOG.


    ENTREVISTA DA BLOGUEIRA NO WHOHUB



    A que você se dedica? O que aparece em seu cartão de visita abaixo de seu nome?

    ESCRITORA, JORNALISTA, ATIVISTA CULTURAL E PROFESSORA DE PORTUGUÊS, INGLÊS E LITERATURAS NORTE-AMERICANA E INGLESA





    SITE- ESCRITORA http://ritavelosa.comunidades.net/

    BLOG-JORNALISMO http://ritavelosa.blogspot.com.br/

    BLOG- ATIVISMO CULTURAL http://concursoburiticronicontos.blogspot.com.br/

    E-MAIL ritavelosa@bol.com.br





    O que você escolheu estudar e por quê?

    ESTUDEI COMUNICAÇÃO SOCIAL- JORNALISMO, DEPOIS LETRAS E PEDAGOGIA. FIZ ESPECIALIZAÇÃO NA BELL SCHOLL NA INGLATERRA. TUDO SEMPRE EM BUSCA DA MELHORIA DE MINHA CAPACIDADE DE ME COMUNICAR COM MEUS SEMELHANTES. ESCREVER E LER SÃO NECESSIDADES BÁSICAS PARA MIM; DESDE CRIANÇA...





    Onde podemos ver seu portfólio online?

    EM VÁRIOS LOCAIS. MAS RECOMENDO ESTE

    http://www.wix.com/ritavelosa/escritorabrasileira#! (...)





    O que se espera de você em seu trabalho, e como você o consegue?

    O QUE PODEM ESPERAR DE MIM É QUE EU FAÇA A MINHA PARTE, FAÇA A DIFERENÇA, AJUDANDO A MELHORAR ESTE MUNDO E A MIM MESMA.

    TENTO CONSEGUIR ESTES OBJETIVOS ATRAVÉS DE MEUS TEXTOS, ATRAVÉS DA MINHA ARTE, A LITERATURA.





    Seus links na internet (website, blog, redes sociais, etc.)

    SITE- ESCRITORA http://ritavelosa.comunidades.net/

    BLOG-JORNALISMO http://ritavelosa.blogspot.com.br/

    BLOG- ATIVISMO CULTURAL http://concursoburiticronicontos.blogspot.com.br/

    FACEBOOK

    ORKUT

    LINKEDLN

    TWITER

    VIADEO

    YOUTUBE

    SONICO

    ETC...





    Está satisfeita com a educação que recebeu?

    ESTOU SATISFEITA COM A EDUCAÇÃO QUE RECEBI DE MINHA FAMÍLIA, DA IGREJA CATÓLICA,DA PUCC,UNESP, FSL E BELL SCHOLL





    Em que áreas você pretende incrementar sua formação?

    LITERATURA, CINEMA, RELIGIÕES, HISTÓRIA, TECNOLOGIA,PSICOLOGIA E FILOSOFIA.

    SEMPRE ESTUDO ESTES ASSUNTOS COM O ÚNICO FIM DE APLICAR ESTES CONHECIMENTOS AO QUE ESCREVO





    Em que você é muito boma, e em que precisa melhorar?

    SOU BOA EM LER , INTERPRETAR, ESCREVER.

    PRECISO MELHORAR NOS RELACIONAMENTOS SOCIAIS.

    PRECISO DIVULGAR A MIM E À MINHA OBRA E NÃO SOU MUITO BOA NISTO.

    SOU MEIO PREGUIÇOSA E É UM SACRIFÍCIO PARTICIPAR DE CERIMÔNIAS, FEIRAS, CONFERÊNCIAS, ETC...





    Você assiste a seminários e cursos para melhorar em sua profissão ou você é autodidata?

    ATUALMENTE SOU COMPLETAMENTE AUTO-DIDATA. USO A INTERNET DIARIAMENTE PARA ME ESPECIALIZAR. TENHO A FONTE INESGOTÁVEL DE CONHECIMENTO DA REDE À MÃO.APRENDO TODO DIA UM POUCO. TENHO O MUNDO AO MEU ALCANCE.TENHO LEITORES E OUTROS ESCRITORES COM QUEM TROCAR IDÉIAS E OPINIÕES.NÃO PRECISO DE MAIS NADA.





    Quando você se deu conta de que o que fazia era levado a serio e você poderia chegar a ser uma profissional?

    ASSIM QUE APRENDI A LER E A ESCREVER TOMEI CONSCIÊNCIA DO QUE QUERIA SER. LOGO NO ENSINO FUNDAMENTAL, POR VOLTA DO SEGUNDO ANO, OS PROFESSORES JÁ LIAM MEUS TEXTOS,- DESCRIÇÕES DE DESFILES E TEMPESTADES- EM VOZ ALTA PARA A CLASSE. ELOGIAVAM MUITO E ME INCENTIVAVAM MAIS E MAIS. PERCEBIAM QUE EU ADORAVA AQUILO! MAIS TARDE LIAM MINHAS NARRAÇÕES E SEMPRE ELOGIAVAM. AOS 8 ANOS JÁ HAVIA LIDO 10.000 GIBIS ( HISTÓRIAS EM QUADRINHOS.) OS SUPERHERÓIS JÁ PREENCHIAM MINHAS FANTASIAS...





    Quais foram as pessoas mais influentes em sua carreira?

    EU, MEUS PAIS, PROFESSORES E ESCRITORES.





    Com que classe de pessoas você se sente bem formando equipe de trabalho?

    POETAS, ESCRITORES,LEITORES,CINEASTAS, DRAMATURGOS, ETC...





    Que metas você fixou no âmbito profissional?

    SER FELIZ. ESCREVER UMA OBRA MAIOR PARA FICAR COMO PRESENTE MEU PARA A HUMANIDADE.





    Que publicações relacionadas a sua profissão você lê regularmente?

    NENHUMA. NÃO QUERO ME "BITOLAR". SOU LIVRE PENSADORA. NÃO QUERO SEGUIR TENDÊNCIAS, MODISMOS, MOVIMENTOS LITERÁRIOS. QUERO MEUS PRÓPRIOS TEMAS, MEU PROPRIO JEITO DE ESCREVER. O MEU ESTILO DEVE SER SEMPRE O MEU ESTILO.OUTROS QUE ME SIGAM SE QUISEREM. SERÁ UMA HONRA! MAS PEÇO SEMPRE A OPINIÃO DE MEUS COLEGAS SOBRE O QUE JÁ ESCREVI E GOSTO DE OPINIÕES CRÍTICAS ESPECIALIZADAS SOBRE O QUE JÁ ESCREVI.





    Que idiomas você fala e como os aprendeu?

    FALO PORTUGUÊS E INGLÊS. ENTENDO E LEIO EM ESPANHOL E FRANCÊS. ESTUDEI UM POUCO DE TODAS ESTAS LÍNGUAS.MOREI 4 ANOS INTERNA COM ESPANHOLAS. MOREI NA INGLATERRA E ESTUDEI 4 ANOS DE FRANCÊS E 3 DE INGLÊS NA ESCOLA, ANTES DOS CURSOS SUPERIORES.





    Você tem um website ou blog? Como foi o processo de fazê-lo? Ele cumpre o propósito para o qual foi criado?

    TENHO UNS 6 SITES E UNS 33 BLOGUES. PODE SER UM POUCO MAIS OU UM POUCO MENOS. PARTICIPO TAMBÉM DE REDES SOCIAIS E GRUPOS DE DISCUSSÕES E COMUNIDADES COM FIM ESPECÍFICO. ATUALMENTE PASSO UMAS 10 HORAS POR DIA SAPEANDO NA NET.JÁ PERDI A CONTA...APRENDI A FAZÊ-LOS SOZINHA, SEGUINDO INSTRUÇÕES DOS PORTAIS E MANUAIS DE AJUDA.TODOS FORAM CRIADOS COM O ÚNICO FIM DE DIVULGAR MEU TRABALHO LITERÁRIO E AMEALHAR NOVOS AMIGOS LEITORES E ESCRITORES. LEIO MUITO SOBRE O QUE ESTÃO ESCREVENDO. DOU "PITECOS". RECEBO OPINIÕES. É MUITO BOM. ALÉM DISSO, NOS ÚLTIMOS ANOS TRABALHO COMO ORGANIZADORA DE CONCURSOS LITERÁRIOS E ANTOLOGIAS. DIVULGO, ORGANIZO, REVISO, DIAGRAMO,EDITORO,DISTRIBUO GRATUITAMENTE E

    VENDO.





    Como você se sente falando diante de uma platéia? Que experiências você teve?

    SEM PROBLEMAS. SOU TÍMIDA E POR ISSO, ANTES, FICO TENSA. DEPOIS ME EMPOLGO. A SALA DE AULA ME TREINOU. GOSTO DE FALAR EM PÚBLICO.





    Você assiste a cocktails, apresentações, feiras e convenções relacionadas a sua profissão?

    SIM. MAS,POUCAS VEZES AO ANO, POR QUESTÕES FINANCEIRAS E FAMILIARES. E TAMBÉM NÃO GOSTO MUITO. MEU NEGÓCIO É ESCREVER. GOSTARIA DE TER UM AGENTE, ALGUÉM PARA FAZER ISSO POR MIM.





    Você pesquisou os portais de networking profissional? Em quais você se registrou?

    SIM.LINKEDLN E VIADEO





    O que diferencia você de outros profissionais do setor?

    SEI LÁ! ELES É QUE TEM QUE RESPONDER ISTO. TALVEZ, MINHA DEDICAÇÃO, PRODUTIVIDADE E QUALIDADE.





    De que maneira a Internet está mudando a sua forma de trabalhar?

    ESTOU NA NET DESDE 1997.PRATICAMENTE SÓ TRABALHO PELA NET. AGORA ESTOU PASSANDO DO LIVRO IMPRESSO PARA O E-BOOK. TENHO ESTUDADO MUITO SOBRE E-COMMERCE.





    Você pratica o teletrabalho?

    DEZ HORAS EM MÉDIA POR DIA.





    Você acredita que seus gostos pessoais servem para elevar sua qualidade profissional?

    SIM.





    Seus hobbies servem para fazer networking profissional?

    SIM.





    Você abriria mão de sua renda em troca de mais tempo livre?

    JÁ FIZ ISSO, GRAÇAS A DEUS!





    O que você menos gosta de fazer no seu trabalho?

    JÁ DISSE: RELAÇÕES PÚBLICAS E MARKETING.





    Além de sua profissão atual, o que você gostaria de ser?

    NADA. A NÃO SER A GANHADORA DE UM PRÊMIO NOBEL DE LITERATURA.





    Qual foi a coisa mais importante que você aprendeu com a experiência em sua profissão?

    SEGREDO.





    Quando você era criança, o que queria ser quando crescer?

    ESCRITORA.





    Você acredita que, salvo exceções, a amizade profissional e particular não devem ser misturadas?

    SIM.





    Créditos, Publicações, Concursos, etc.

    Rita Bernadete Sampaio Velosa – Jornalista,ativista cultural,poetisa, contista, cronista e trovadora de Araraquara/SP.Delegada da UBT, Consulesa de Poetas Del Mundo,Delegada do Clube de Escritores de Piracicaba/SP e Correspondente das Academias de Letras de Cachoeiro do Itapemirim/ES, de Itajubá e Varginha/MG.Sócia do Movimento VIRARTE/RS e Delegada Cultural da ALPAS XXI/RS.Tem participação em mais de 100 antologias e publicados os livros “VENTOS PASSANTES”-2007 (poesias), “FAROLEIROS DE ALMAS”- 2008 (poesias) , “FILHOS DAS ESTRELAS” – 2009 (crônicas), “VESTÍGIOS DOS DIAS”-2010(Contos) e “ABNORMAL E OUTRAS SANDICES DO INESPERADO”-2011(Contos).Organizadora do PRÊMIO BURITI (2010 E 2011) e produtora da antologia anual de mesmo nome.Entre os mais de 100 prêmios, o MISSÕES 2006/BRASIL, o ALGARVE-BRASIL 2007/ PORTUGAL e o CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE/2011





    Sua bíblia?

    A BÍBLIA





    Como você reagiria às queixas dos clientes?

    COM PACIÊNCIA,GENTILEZA, DEDICAÇÃO E ATENÇÃO.





    Alguém quer pedir um aumento de salário em seu trabalho, e pede conselho sobre como abordar esse assunto com seu chefe a você, o que você diria?

    SEJA DIRETO.MAS NÃO SE ESQUEÇA DE DEMONSTRAR , ANTES, O QUÃO DEDICADO E NECESSÁRIO VOCÊ É.





    Como você lida com o stress?

    TRATO COM REMÉDIO. ENTRE UM TRATAMENTO E OUTRO, BEBO, VIAJO, DANÇO, CURTO A VIDA.





    Quais são os erros mais comuns cometidos pelos clientes quando julgam seu trabalho?

    ACHAM QUE EU SOU RICA . E NÃO CONSIDERAM MINHA ATIVIDADE DE ESCRITORA E ATIVISTA CULTURAL COMO TRABALHO, COMO PROFISSÃO. ACHAM QUE ESCRITOR TEM QUE SER COITADINHO OU INTELECTUAL PERNÓSTICO E BEM DE VIDA.







    ESCREVER

    Como você começou a escrever? Quem lia para você ao principio?

    ESCREVENDO. EM CASA E NA ESCOLA. NINGUÉM LIA PARA MIM. MAS MINHA MÃE LIA O TEMPO TODO PARA ELA MESMA E TOCAVA MUITO PIANO.E MEU PAI ESCREVIA E PINTAVA.





    Qual é seu gênero favorito? Algum link onde possamos ver ou ler algo sobre sua obra recente?

    CONTOS, CRÔNICAS, POESIA ( POR ENQUANTO).

    PODEM LER UM LIVRO MEU EM:

    http://ritavelosa.blogspot.com.br/2012/06/meu-e-book-na-bo (...)





    Como é seu processo criativo? O que ocorre antes de se sentar a escrever?

    ALGO ME CHAMA A ATENÇÃO. ME INSPIRA. ANOTO A IDÉIA , O TEMA, A EMOÇÃO EM ALGUM PAPEL, SE TENHO ALGUM COMIGO. OU ANOTO NO NOTEBOOK NA PASTA PROJETOS.ENTRA NA MINHA CABEÇA E VAI DOMINANDO OS MEUS PENSAMENTOS. FICO REMOENDO. ATÉ QUE ENTÃO, DE REPENTE, PRECISA SAIR E EU ME SENTO E ESVREVO, DE UMA SÓ VEZ. É LÓGICO QUE DEPOIS RELEIO E DOU UMA MELHORADA.





    Que tipo de leitura ativa sua vontade de escrever?

    TODO TIPO: UMA POESIA, UM CONTO, UMA LETRA DE MÚSICA, UMA NOTÍCIA, ETC...





    Quais são para você os ingredientes básicos de uma historia?

    CLIMA, ENREDO E PERSONAGENS.SUSPENSE, MISTÉRIO E SURPRESA. TEM QUE INSTIGAR A CURIOSIDADE E LEVAR À REFLEXÃO.





    Em que sapatos você se encontra mais cômodo: primeira pessoa ou terceira pessoa?

    TANTO FAZ!





    Que escritores conhecidos são os que você mais admira?

    PESSOA, DRUMMOND, BANDEIRA,MACHADO,CASTRO ALVES,VERÍSSIMOS(PAI E FILHO)VINÍCIOS, CHICO, AMADO,,CABRAL DE MELLO NETO, ARIANO SUASSUNA,LYGIA FAGUNDES TELLES, CAMÕES, SARAMAGO,EDGAR ALAN POE,ALDOUS HUXLEY,GEORGE ORWELL,ROBERTO MÁRCIO PIMENTA, MARIA COQUEMALA, ETC...( MAIS UM CEM...)





    O que torna um personagem crível? Como você cria os seus?

    TENHO QUE PODER QUASE TOCÁ-LO CONCRETAMENTE.TENHO QUE SENTÍ-LO E DEPOIS DESCREVÊ-LO COMO SE VIVO FOSSE, COM SUAS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E PSICOLÓGIAS. TAMBÉM É IMPORTANTE MONTAR O SEU AMBIENTE FÍSICO, EMOCIONAL E SOCIAL. SUAS AÇÕES TEM QUE REFLETIR O QUE É POR DENTRO E POR FORA.





    Você é igualmente hábil contando historias oralmente?

    ACHO QUE SIM. MAMÃE CONTA QUE SEMPRE QUE EU IA AO CINEMA, QUANDO CHEGAVA EM CASA IA CORRENDO CONTAR O ENREDO DO FILME PARA ELA. E NÃO ME PREOCUPAVA EM FAZÊ-LO RAPIDAMENTE. COITADA! GOSTAVA DE CONTAR O FILME TODO, COM TODOS OS DETALHES E AINDA FAZENDO COMENTÁRIOS PELO MEIO.





    Profundamente em sua motivação, para quem você escreve?

    NÃO SEI. NÃO PAREI PARA PENSAR. ACHO QUE PARA TODOS.PARA MIM E PARA MEUS LEITORES.





    Escreve como terapia pessoal? Os conflitos internos são uma força criadora?

    SIM E SIM.





    O feedback dos leitores serve pra você?

    SIM. É MUITO BOM. SINTO-ME SOCIALMENTE INTEGRADA.





    Você se apresenta para concursos? Você recebeu prêmios?

    SEMPRE ME APRESENTO PARA CONCURSOS. TAMBÉM É UM MOTIVO DE INSPIRAÇÃO E MOTIVAÇÃO. TENHO MUITOS PRÊMIOS.





    Você compartilha os rascunhos de suas escrituras com alguém de confiança para ter sua opinião?

    SIM, COM DUAS OU TRÊS PESSOAS.





    Você acredita ter encontrado "sua voz" ou isso é algo eternamente buscado?

    ETERNAMENTE BUSCADO APESAR DE JÁ CONHECÊ-LA.





    Que disciplina você se impõe para horários, metas, etc.?

    NENHUMA. VAI COMO VEM. MAS TENTO ESCREVER PELO MENOS UM LIVRO POR ANO.





    De que você se rodeia em seu escritório para favorecer sua concentração?

    ISOLAMENTO E SILÊNCIO PROFUNDO.





    Você escreve na tela, imprime com freqüência, corrige em papel...? Como é seu processo?

    ESCREVIA A MÃO, EM PAPEL E DEPOIS DIGITAVA. AGORA DIGITO DIRETAMENTE NA NET OU NO PC.





    Que sites você freqüenta online para compartilhar experiências ou informação?

    NENHUM. USO O E-MAIL.





    Como foi sua experiência com editoras?

    SÓ TENHO DUAS. AS DUAS MUITO BOAS.SÓ NÃO GOSTO DA MANIA QUE TÊEM DE REVISAR MEUS TEXTOS. PROIBO;MAS ACABAM SEMPRE MEXENDO UM POUCO.





    Em que projeto você está trabalhando agora?

    NUM LIVRO SOLO MEU DE POESIAS E NA ORGANIZAÇÃO DO PRÊMIO BURITI 2012 E NA SUA RESPECTIVA ANTOLOGIA.





    O que você me recomenda fazer com todos esses textos que venho escrevendo há anos mas nunca os mostrei a ninguém?

    MOSTRE-OS E PUBLIQUE-OS URGENTEMENTE. VOCÊ FICARÁ MAIS FELIZ. EU GARANTO.







    FAÇA POUCO MAS FAÇA BEM - DR. JOBAL DO AMARAL VELOSA